domingo, 13 de julho de 2008

Espetáculo espetacular

Gosto muito de futebol, música e cinema, mas o que meus gostos têm a ver com a quarta noite do I Encontro Percussivo REC-PE? Para mim, tudo. E vou tentar mostrar a vocês. Com relação à música, acredito, que a relação é óbvia. Então, passo para o cinema. Em especial o filme Moulin Rouge que é sensacional. Gostei pois me mostrou como realmente deve ser feito um filme musical.

Assim, respondo esta questão. O I Encontro Percussivo REC-PE, está sendo muito bem organizado e produzido. E tem mais. Em Moulin Rouge, uma personagem tinha a intenção de produzir um espetáculo que se intitularia "Espetáculo Espetacular". E, minha gente, quem foi ao espetáculo deste sábado (12), sabe do que eu estou escrevendo. A noite foi um espetáculo espetacular para os ouvidos, olhos, enfim, todos os sentidos.

Javier Nandayapa e Myrna Yam, mostraram tudo que sabem de uma maneira que encantou o público. Muito bem entrosados - não poderia ser diferente, pois são vários anos na estrada - começaram a noite com "En El Metro", de Jesús Martínez. A música trata do caótico metrô da cidade do México.


Outra peça que chamou muito a atenção foi "Invocación", de Itziar Fadrique, onde Myrna interagiu com os quatro elementos (fogo, água, ar e terra), fazendo percussão com todos eles. Encerraram suas participações com "Mosaico Mexicano", música tradicional mexicana, com arranjo de Nandayapa. Perfeito! Como era de se esperar, foram bastante aplaudidos por um teatro completamente lotado.

Foi uma experiência emocionante e, acredito, muitos dos presentes não esperavam o que estava por vir, com o Grupo de Percussão da EMUFPA, sob regência de Vanildo Monteiro. Mais uma apresentação de tirar o fôlego, mostrando que a escolha dos convidados pode ser apontada como um dos tantos pontos fortes deste evento.

Os estudantes do Pará, foram fantásticos. Com muita irreverência e humor, além, claro, de muito talento, conquistavam o público a cada peça executada. E o melhor ainda estava por vir.

Na peça "Morubi'xaua", de Jeremias Progênio, que contou com as participações especiais do Coro dos alunos do Conservatório Pernambucano de Música e da Companhia de Dança Ana Unger, o público foi pego de surpresa com índios invadindo a platéia. Era só o começo.

Foi uma interação incrível entre percussão, vozes, dança e público. Em uma peça que contava a História do povo brasileiro, desde a invasão portuguesa, a exploração dos índios, as batalhas e a chama que simbolizava a eternidade do povo indígina brasileiro. Foi um final apoteótico.
E se vocês pensam que eu esqueci de explicar algo sobre o futebol. Pois bem, justamente no final, quando todos aplaudiram, gritaram e assobiaram efusivamente durante cerca de cinco minutos, parecia uma comemoração de um gol do seu time do coração. E nesse caso, o time do coração era a música e os talentos espalhados pelo Brasil. Um golaço!

2 comentários:

Anônimo disse...

puxa. adorei o texto. emocionante e sincero

tatay bailarina disse...

Nossa o texto realmente é mto bonito,eu fico super feliz que o grupo daqui do Pará tenha conseguido fazer tudo isso,eu digo q Morubixaua,foi a dança mais gratificante,pq é um time de paraenses com vontade de fazer um gol,como diz no texto,fico muito feliz,com todos agradeço de verdade toda a hospitalidade e a todos do encontro,estão de parabens!